Planeje tudo de novo. Só não deixe de planejar.

Muitos são os que contestam o Planejamento. E seja ele de qualquer tipo: o familiar, o financeiro, o de carreira, o do cardápio do regime e até, claro, o planejamento estratégico feito pelas agências de publicidade para seus clientes.  

Em um mundo tão rápido, insano, em que as coisas acontecem sem o menor aviso prévio, dá até para concordar minimamente com aqueles que acham que colocar tudo no ppt/key note/planilha seja um tempo perdido.

É óbvio que ninguém gosta, mas faz parte da nossa rotina de agência digital mandar um plano de manhã e, horas (ou seriam minutos?) depois, já ter que fazer outro documento porque o “direcionamento interno da diretoria mudou”. Acontece.

Se pensarmos no longo prazo, aí sim, é de chorar. Planejamento anual – de qualquer coisa – já está ficando sem moral. Quando menos se espera, aparece algo que derruba tudo.

E não tem nem como contestar o momento que estamos vivendo em meio à pandemia da Covid-19. O Coronavirus veio de um jeito que acabou com todos os planos que poderíamos ter feito para 2020. Na vida, em todas as esferas, nos vimos obrigados a repensar e reinventar tudo, de uma hora para outra, para nos adaptar a este louco novo mundo.

Mas é olhando por este viés de (re)inventar/pensar/significar as coisas a qualquer momento que faço a “defesa” do planejamento vivo, daquele planejamento que não tem preguiça de olhar que os contextos mudam e o comportamento das pessoas é mandatório.

Esse planejamento move fast nasceu para viver feliz para sempre ao lado das agências digitais. Ambos são crias de um cenário veloz, mutante, e, desde sempre, precisaram focar suas atenções para projetos que mudam tão rápido quanto as atualizações das plataformas digitais que utilizamos.

Resiliência

Planejamento não é “escrever na pedra” um caminho e não se desviar dele em momento algum. Muito pelo contrário. Uma das definições de dicionário diz: é o ato de organizar tarefas com a utilização de métodos convenientes.  Ou seja: “parar, respirar e se organizar para fazer as coisas, do melhor jeito possível, dentro das condições que se tem”.  

Na boa e velha Wikipedia, temos uma definição ainda menos dura e pragmática. “(…)ferramenta administrativa que possibilita perceber a realidadeavaliar os caminhos, construir um referencial futuro, o trâmite adequado (…)”.

Viram bem? Perceber a realidade; avaliar caminho; ter referencial; adequação. Então, nada mais resiliente e flexível.

Real time

Mesmo que planejado, um projeto de sucesso tem que ser monitorado minuto-a-minuto. As ferramentas digitais que temos à disposição não só nos ajudam, como nos obrigam a estarmos atentos a cada resultado obtido.

Olhar cada novo número, perceber cada nova realidade, e (re)avaliar/significar/pensar tudo isso é, sim, planejar, só que a curtíssimo prazo.

Recentemente, aqui na EVERY, mudamos o resultado de um concurso cultural ao percebermos, pelos dados coletados na Campanha, que nosso plano inicial precisaria de uma revisão. Dias após o lançamento paramos, olhamos, entendemos e reestruturamos a estratégia. Em poucos dias, o resultado apareceu!

E, nesse caso específico, a equipe de Mídia que liderou o novo planejamento, da identificação do problema à busca de soluções. Ou seja: planejamento não tem que ser, apenas, uma área da agência.

Planejamento é estilo de vida

Planejamento é um modelo de trabalho. Planejamento é quase um estilo de vida.  E quando o cliente percebe que tem uma agência assim, que está atenta e disposta a sempre se reinventar e se moldar aos cenários que se apresentam, a parceria tende a ser muito duradoura.

Em mercados complexos, principalmente, ter todos da agência pensando no resultado e no melhor jeito de isso acontecer é primordial. Nem sempre só uma arte bonita é capaz de potencializar negócios entre empresas. Agora, uma arte bonita, criativa e funcional, criada com embasamento de dados e insights comportamentais, tem muito mais chance de dar certo. A Criação também precisa ser planejada.

Claro que há perfis que se identificam mais com o planejar e, até por isso, se inclinam mais para essas entregas dentro dos projetos da agência.

Mas incutir na cabeça dos funcionários e dos clientes que as coisas precisam ter um porquê, estar conectadas e fazerem sentido dentro da realidade social e da empresa, é meio caminho andado para chegarmos nos melhores resultados.

Nem que para isso todas essas respostas sejam mudadas logo em seguida. Afinal, planejamento em agência digital (e na vida toda) tem que saber mudar rápido, assim que uma nova necessidade aparece no meio do caminho.

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