MVP é MVP – Não cometa os mesmos erros que eu cometi!

O cenário é o seguinte: você começou a empreender ou está pensando no assunto. Talvez já tenha a ideia e é hora de colocar a mão na massa. É aí que entra o conceito de MVP, sigla para Minimum Viable Product.

Por empolgação, muitas pessoas (incluindo este que lhes escreve) cometem o grande erro de já colocarem a mão na massa para criar o produto final sem antes fazer qualquer validação, sem nem saber se aquilo realmente vai ser útil e pode ajudar alguém. 

Ah, e antes de falar que testou e que isso não é para você: não vale dizer que mostrou para seus amigos próximos ou para aquele tio que manja da internet!

Não seria ótimo começar alguma coisa sabendo que vai dar certo? É para isso que serve o MVP, para entender antes se sua ideia é boa!

E para colocar o conceito em prática você precisa pensar simples, de forma que consiga simular no mundo real da maneira mais rápida e barata possível. O objetivo é apenas validar o conceito e coletar feedbacks.

Tão simples que mora aí o perigo enorme: perfeccionismo. MVP e perfeccionismo não podem andar juntos. Por experiência própria, se eu tivesse entendido isso antes, talvez não tivesse perdido duas grandes oportunidades de mercado, que deixei passar por não aplicar o conceito na prática e acabei olhando para os mínimos detalhes, pensando como um consumidor da plataforma. Errado!

Aliás, só depois de falhar duas vezes e compreender o conceito de MVP que cheguei à conclusão do perfeccionismo.

Para entender MVP é fácil. Vamos traduzir o termo: Minimum Viable Product – Produto Minimamente Viável.

Minimamente Viável.

Minimamente.

Vamos lá: você é uma startup que quer criar um novo veículo de locomoção. Como seria seu MVP?

Se você quer criar um carro, a imagem acima exemplifica a lógica do MVP que você deveria seguir para chegar até seu produto final. Particularmente, acho essa explicação um pouco complicada.

Vamos para um exemplo mais próximo. Pense aí: você quer lançar um aplicativo para solicitar táxi, como seria seu MVP?

Pensou? Dica: você não precisa de um app para começar. Aliás, longe disso.

Vamos ver se o seu caminho foi o mesmo do Tallis Gomes, fundador da Easy Taxi (se foi, você está próximo de ter muito sucesso!).

Antes, as definições dele para MVP:

“Minimum Viable Product (Mínimo Produto Viável) (é) um nome bonitinho para protótipo funcional. Esse é um conceito de engenharia para prototipar uma ideia de modo que consiga testar se funciona mesmo”

Sabe qual foi o dele até chegar no produto final – que foi vendido por 1 bilhão de reais depois de estar presente em 34 países?

Ele simplesmente criou uma página na internet que perguntava onde a pessoa estava e para onde precisava ir. Ao apertar o botão, os dados do formulário eram enviados para o e-mail dele e a página simulava a pesquisa por motoristas. Aí ele corria atrás de um táxi, fechava a corrida e ligava para a pessoa para informar os dados do carro.

Pronto, foi o necessário para rodar por um tempo e entender que a ideia tinha sentido e aderência ao mercado. O produto estava pronto para existir.

Aí você pode pensar: “ah, mas ele sabia programar!”. Negativo. Mas, mesmo assim, você ainda pode criar um MVP da sua casa sem saber nenhuma linha de programação.

Que tal usar a versão grátis do WordPress.com e algum plugin que já exista? Hoje são mais de 54 mil plugins prontos para serem usados, é só clicar e não precisa saber de uma linha de código. Ou, talvez, um Google Forms? Grátis e permite estilização muito grande só com cliques. Quer uma opção mais modernosa? TypeForm. Basta ter criatividade!

Aí pode bater aquele segundo pensamento que te faz dar um passo para trás: “mas se lançar uma coisa feia assim vamos nos queimar com os clientes e no mercado”.

Bom, esse foi meu pensamento quando eu estava errando! Não existe esse tipo de coisa. Primeiro, olha o tamanho do seu mercado! Se você testar sua ideia com 100, 200, 800 pessoas, significa que seu mercado acabou? Se sim, saia fora dessa ideia!

Outra coisa que sempre me prendeu muito: era inadmissível lançar algo sem ter design, logo, KV, produto bem arquitetado, navegação fluída, padronização das cores. Volte para o exemplo da Easy Taxi – era uma página com um form fake. Talvez nem logo tinha.

Quando você chegar na etapa de definir esses pontos, esse será seu produto final e não seu MVP.

Não caia na mesma armadilha que caí. Você não precisa de mais ninguém para ter sucesso.

Tire sua ideia do papel, crie seu MVP e coloque para coletar feedbacks SEM MEDO!

E vamos falar mais sobre nossos erros. Faz tão bem!

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